GUERRA DE NOVA GERAÇÃO SEGUNDO O
GEN VALERY GERA-SIMOV, CHEFE DO ESTADO-MAIOR GERAL DAS FORÇAS ARMADAS DA
FEDERAÇÃO RUSSA.
Segundo ele, a
Guerra de Nova Geração é “um conflito de espectro ampliado em direção a um
importante emprego de medidas de caráter
político, econômico, informacional, humanitário e outras tipicamente
não-militares... Aplicadas em coordenação com o potencial dos protestos da
população alvo.”
É um novo campo de
batalha, de modo que é preciso afastar o foco do conflito do domínio da arte
da guerra convencional, e isso pode ser feito ampliando o espectro do conflito,
para incluir vários elementos do poder nacional.
Significa que todos
os meios estarão em prontidão, que a todos a informação estará onipresente e
o campo de batalha será em todo o lugar. Significa que todas as armas e
tecnologia serão superpostas, as fronteiras entre os dois mundos, guerra e não
guerra, de militar e não militar, serão totalmente eliminadas.
Dessa Forma, as opções políticas e
estratégicas de Países em desenvolvimento, com Forças Armadas, poder de combate
e capacidade tecnológica assimétricos, em relação ao oponente, devem se
desenvolver, em linhas gerais, conforme a seguinte sequência lógica:
- Emprego
“agressivo” de meios não militares (Ferramentas do Poder Nacional), apoiados por
alternativas militares de efeito não cinético (não letais), sobretudo operações
de informação e guerra cibernética;
- Emprego
de meios militares para alcançar objetivos estratégicos, sem, contudo,
provocar uma forte reação militar do opositor (Estabilidade de Crise)[1];
e
-
Eventual emprego de capacidades de antiacesso e negação de área (A2/AD).
[1] Estabilidade de Crise: É o
reconhecimento pelas nações que nenhuma delas pode tirar vantagem substancial
sobre outra numa ação armada limitada.