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GUERRA HÍBRIDA, Nova via Violenta para a Tomada do Poder

GUERRA-HIBRIDA Nova via Violenta para aTomadadoPoder. É preciso criar novas estratégias de Defesa do Estado Democrático de Direito , jus...

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Brasil pode exportar caças Gripen para a Ucrânia



Atualmente, partes significativas do caça são produzidas no Brasil: a fuselagem central é fabricada na unidade da Saab Aeronáutica Montagens (SAM), em São Bernardo do Campo (SP), enquanto os sistemas eletrônicos, displays e painéis da cabine são produzidos pela AEL Sistemas, em Porto Alegre (RS). A integração final e testes de voo do modelo destinado à Força Aérea Brasileira (FAB) são realizados na planta da Embraer Defesa & Segurança, em Gavião Peixoto (SP).


sábado, 18 de outubro de 2025

DISPUTA POLÍTICA. ELEIÇÕES DE 2026

DISPUTA POLÍTICA.

ELEIÇÕES DE 2026

NR 1.

ACORDA BRASIL! É PRECISO!

TODOS SOMOS PARTES DISTO!

O resultado da eleição de 2022 exerceu um efeito desafiador à disputa política, no vácuo deixado pelas Instituições de Estado da República.

Qual a importância das eleições de 2026 para a solução dos atuais problemas brasileiros e para a transformação social e política no Brasil?

Cenário: "A Esquerda", nas eleições de 2022, retornou ao poder via Lula.

A possibilidade de, com as eleições de 2026, a "esquerda perdurar" no poder, desafia a sociedade brasileira a ver, ouvir, pensar e agir.

Roberto Mangabeira Unger, "para quem a tragédia não pode ser a parteira do progresso, pelo que não podemos depender das catástrofes para modificarmos nossas rotinas e arranjos institucionais"adverte, "a mudança é imediata, porque de respostas vive a vida, que nos coloca desafios".

O grande desafio? Como conseguir o apoio e comprometimento das lideranças sociais, empresariais, comerciais, das associações de classe e do agronegócio?

O importante desafio? É que cada membro da sociedade brasileira deva saber onde se encaixa na disputa para a conquista do poder político, para a defesa da democracia e da sociedade na totalidade, e participe da disputa política para que no futuro não tenhamos a "Ditadura do Proletariado" ou "Sociedade Regulada".

É necessário estabelecer, na "DISPUTA POLÍTICA", firmes ações em defesa dos valores democráticos nacionais, das liberdades, da ética e do combate à corrupção, dos direitos das pessoas e de uma maior igualdade social, além de manter a população informada. Significa fazer com que a sociedade se sinta parte profusamente de "algo maior" E ENXERGUE NA ATIVIDADE DE OPOSIÇÃO O RESPEITO A CONCEITOS SUPRANACIONAIS, EXISTENTES NAS VERDADEIRAS DEMOCRACIAS.

Participe para que no futuro não tenhamos a República Socialista do Brasil.

A hora é agora. Vamos iniciar nosso chamamento para a disputa política na defesa da democracia.

Participe. Mobilize. Defenda o Brasil.

Todos somos partes disto!!! 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Gen Ex Pinto Silva – Particularidades da Profissão Militar

DefesaNet - 11/09/25



"A crença de que a guerra (Emprego) tem por motivação um valor maior compartilhado por todos os cidadãos do país, um "bonum comununae", que existe no interesse de todo povo, não apenas torna possível a cada indivíduo fazer sacrifícios como também agrega como valor de compromisso de uma comunidade que acredita. É essa comunidade que vai apresentar as pessoas que lutarão na guerra.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

 

GUERRA DE NOVA GERAÇÃO SEGUNDO O GEN VALERY GERA-SIMOV, CHEFE DO ESTADO-MAIOR GERAL DAS FORÇAS ARMADAS DA FEDERAÇÃO RUSSA.

Segundo ele, a Guerra de Nova Geração é “um conflito de espectro ampliado em direção a um importante emprego de medidas de caráter político, econômico, informacional, humanitário e outras tipicamente não-militares... Aplicadas em coordenação com o potencial dos protestos da população alvo.

É um novo campo de batalha, de modo que é preciso afastar o foco do conflito do domínio da arte da guerra convencional, e isso pode ser feito ampliando o espectro do conflito, para incluir vários elementos do poder nacional.

Significa que todos os meios estarão em prontidão, que a todos a informação estará onipresente e o campo de batalha será em todo o lugar. Significa que todas as armas e tecnologia serão superpostas, as fronteiras entre os dois mundos, guerra e não guerra, de militar e não militar, serão totalmente eliminadas.

Dessa Forma, as opções políticas e estratégicas de Países em desenvolvimento, com Forças Armadas, poder de combate e capacidade tecnológica assimétricos, em relação ao oponente, devem se desenvolver, em linhas gerais, conforme a seguinte sequência lógica:

- Emprego “agressivo” de meios não militares (Ferramentas do Poder Nacional), apoiados por alternativas militares de efeito não cinético (não letais), sobretudo operações de informação e guerra cibernética;

- Emprego de meios militares para alcançar objetivos estratégicos, sem, contudo, provocar uma forte reação militar do opositor (Estabilidade de Crise)[1]; e

- Eventual emprego de capacidades de antiacesso e negação de área (A2/AD).



[1] Estabilidade de Crise: É o reconhecimento pelas nações que nenhuma delas pode tirar vantagem substancial sobre outra numa ação armada limitada.

 

Exclusivo – Operação Imeri – O resgate clandestino de Nicolás Maduro pelo Brasil

DefesaNet - 24/08/2025 - Felipe Gonzales Saraiva da Rocha


O planejamento do resgate do presidente Nicolas Maduro discutido entre os governos brasileiro e o venezuelano e as alternativas estudadas e a reação das Forças Armadas Brasileiras ao plano proposto.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Merval Pereira – Receio militar.



DefesaNet.

A tecnologia americana é fundamental para o Brasil. Diversos sistemas estratégicos como radares, comunicação criptografada, aviões de caça, embarcações e até munições dependem do suporte técnico dos Estados Unidos.
Os artigos de DefesaNet mencionados pelo jornalista Merval Pereira estão linkados ao fim do artigo.


quarta-feira, 23 de julho de 2025

A PAZ Relativa e a Sanção Americana

DefesaNet - 22/07/2025


Os países se movem em função de seus interesses e alcançam o sucesso de acordo com sua capacidade e vontade de exercer poder. Nas relações internacionais, a função do poder é fazer prevalecer o interesse nacional de um Estado sobre o dos outros.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

OTAN adverte Brasil, Índia e China sobre laços com a Rússia

DefesaNet- 16/07/2025


Chefe da aliança militar, instou as três nações do Brics a pressionarem o presidente russo, Vladimir Putin, pelo fim da guerra na Ucrânia – ou arriscarem tarifas comerciais ainda mais pesadas dos EUA.

EUA-Brasil: A tempestade perfeita e a batalha final da Esquerda

DefesaNet - 15/07/2025


O Governo Lula e seu aliado STF, agora com o adendo do STM, mais o Consórcio de Imprensa e demais interessados entram em uma Guerra de Narrativas Total contra Trump, mas o alvo é o oponente político a direita.


sexta-feira, 11 de julho de 2025

Crise com EUA expõe o custo da política ideológica do governo Lula

DefesaNet - Por Redação DefesaNet - 10/07/2025


Brasília, 10 de julho de 2025 — A escalada das tensões entre Brasil e Estados Unidos, marcada pelo anúncio de novas tarifas comerciais e pela convocação do diplomata americano em Brasília, vai além das manchetes que relacionam o episódio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A deterioração do relacionamento bilateral tem raízes mais profundas, ligadas à política externa assumida pelo governo Lula e ao reposicionamento do Brasil no cenário internacional ao lado de regimes antagônicos ao Ocidente.



sexta-feira, 13 de junho de 2025

REDUÇÃO DO EFETIVO MILITAR

DEFESANET - 03/06/2025



A questão do tamanho do efetivo militar brasileiro envolve fatores estratégicos, tecnológicos e sociais. O país possui uma vasta extensão territorial, demandando uma resposta ágil às ameaças internas e externas. Além disso, o Brasil desempenha papel relevante em missões internacionais de paz e cooperação militar. 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

EUA oferecem recompensa de 10 milhões de dólares por informações sobre Hezbollah na região da Tríplice Fronteira

DefesaNet - 19/05/2025



Nessa região, financiadores e facilitadores do Hezbollah arrecadam recursos para a organização terrorista por meio de lavagem de dinheiro; tráfico de entorpecentes; contrabando de carvão e petróleo; comércio ilegal de diamantes; contrabando de itens como dinheiro em espécie, cigarros e produtos de luxo; falsificação de documentos; e falsificação de dólares americano.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Vitória Tática, Derrota Estratégica.

DefesaNet - 06/05/2025


Importante para a discussão do assunto "Controle Civil das Forças Armadas". Uma questão atual.



Um dos aspectos mais frustrantes da guerra do Vietnam do ponto de vista do Exército é que quanto à logística e à tática nós tivemos sucesso em tudo o que fizemos. No auge da guerra, o Exército era capaz de retirar e colocar no Vietnam quase um milhão de homens, e mantê-los no campo melhor do que qualquer Exército já o tenha feito antes.

domingo, 27 de abril de 2025

A Guerra de Hoje e o Emprego do PODER MILITAR.

DefesaNet - 25/04/2025



 A submissão das Forças Armadas ao poder civil se traduz pela subordinação permanente à constituição e às leis estabelecidas no país e não a civis, até porque se assim ocorresse serviria a homens e não à Nação.

terça-feira, 22 de abril de 2025

A Defesa do Estado na Guerra Política Moderna

DefesaNet - 21/04/2025 



"Reciprocidade" como resposta estratégica, a uma ação de outro Estado, não deve ser usada se não tiver um objetivo a ser atingido.

Na maioria das situações, aplicar a mesma ideia seria, no melhor dos casos, irrelevante".

terça-feira, 15 de abril de 2025

Relatório Otálvora: EUA apertam sanções contra Maduro e Putin o convida para Moscou


DEFESANET -  13/04/2025.


Os EUA optaram por reforçar o esquema de sanções contra maduro, provavelmente à luz das evidências de que o regime chavista havia conseguido evitá-las. Mauricio Claver-Carone descreveu a abordagem diplomática do governo Trump em relação à América Latina como "expansionismo não imperialista

sábado, 29 de março de 2025

BRASIL – UMA ESTRATÉGIA DE SUPERAÇÃO.

Defesa Net = 29/03/2025


(Evocando o texto do mesmo autor: O Brasil e o Antagonismo Internacional - Defesanet)

 

 BRASIL – UMA ESTRATÉGIA DE SUPERAÇÃO.

(Evocando o texto do mesmo autor: O Brasil e o Antagonismo Internacional - Defesanet).

Pinto Silva Carlos Alberto[1] 

1. PRÓLOGO

A luta pelo poder permanece real e tangível no cenário globalizado em que vivemos. O poder geopolítico das nações depende intrinsecamente de seus potenciais econômico e estratégico militar. Os países se movem em função de seus interesses e alcançam o sucesso de acordo com sua capacidade e vontade de exercer poder.

Nas relações internacionais, a função do poder é fazer prevalecer o interesse nacional de um Estado sobre o dos outros.

Exemplos demonstram que, entre a elite norte-americana, seja republicana ou democrata, existem dois consensos fundamentais, o da hegemonia e o do poder. Em razão disso, os EUA buscam incessantemente manter sua liderança econômica e militar no sistema mundial, não podendo deixar de financiar a expansão global da infraestrutura necessária ao exercício do poder.

É válido supor que a estratégia americana seja desconstruir velhos paradigmas ideológicos, questionando antigas alianças e lealdades. Contudo, o sucesso ou fracasso de um Estado depende de sua habilidade em fortalecer alianças e conquistar novos amigos.

2. BRASIL – UMA ESTRATÉGIA DE SUPERAÇÃO

No campo das relações internacionais, o cenário é composto por múltiplos atores. Ignorar essa diversidade pode resultar em paradoxos: o sucesso através de sanções econômicas, medidas militares não cinéticas ou coerção direta pode ser revertido, gerando novos inimigos e alterando o balanço de forças.

Portanto, a grande estratégia deve considerar não apenas “O outro”, mas principalmente “Os outros”. É necessário desencorajar o opositor, evitando levá-lo à radicalização. É essencial preservar a neutralidade dos países neutros e, se possível, conquistá-los como aliados – nunca os transformar em inimigos. Ao mesmo tempo, reforçar a fidelidade de aliados é crucial.

Diplomacia, nesse contexto, pode ter efeitos psicológicos tão profundos quanto sanções econômicas ou ações militares. Assim, uma estratégia abrangente deve produzir impactos psicológicos convincentes, influenciando as decisões dos líderes de outros Estados, para que não se tornem obstáculos à realização do projeto político brasileiro.

O surgimento do Brasil como potência regional emergente inevitavelmente provoca desestabilização e reações no sistema mundial, pois desafia o monopólio das potências tradicionais. Em meio a esse cenário, "o Brasil deve adotar a Estratégia Indireta".

O método indireto prioriza ferramentas de poder nacional, à exceção do poder militar, para persuadir ou coagir adversários a aceitar soluções de conflito. A expressão militar assume um papel complementar.

Na prática, a Estratégia Indireta utiliza Conflito na Zona Cinza:

·           Persuasão: Diplomacia e instrumentos jurídicos.

·           Coerção: Meios políticos, econômicos e psicossociais.

A Estratégia Indireta é, portanto, "a arte de explorar ao máximo a margem de liberdade de ação disponível, obtendo sucessos decisivos mesmo diante de severas limitações militares."

Além disso, o prestígio dissuasório requer credibilidade, demonstrando capacidade e vontade de reagir a ameaças. Uma economia forte, combinada a uma doutrina militar moderna, pode produzir resultados eficazes.

É preciso uma linha política ofensiva. É necessário notar que uma linha política defensiva teria um fraco valor de dissuasão, porque a chave da dissuasão é a aptidão de reagir a ameaça.

Por fim, a reação brasileira deve ser cuidadosamente calculada, sendo progressiva e preservando a estabilidade em situações de crise, sempre inspirando respeito e confiança no cenário internacional.

3. CONCLUSÃO

A principal preocupação estratégica do Brasil está inevitavelmente conectada à economia. O crescimento econômico e a realização de reformas estruturais internas fortalecerão as bases de poder militar e econômico do país.

Sem economia forte e sem vontade política, não haverá, por mais qualificados que sejam os integrantes das Forças Armada, poder militar capaz de garantir a ascensão estratégica do Brasil.

A execução eficaz de ações de interesse nacional e global será determinante para a construção de uma política externa autônoma e sólida, consolidando o Brasil como potência regional.

A busca por autonomia nas relações internacionais deve sempre estar alinhada aos interesses estratégicos nacionais. Subordinar-se às estratégias geopolíticas de outros Estados pode comprometer esse objetivo e limitar a autonomia política internacional do Brasil.

 

 

 



[1]  Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.

sexta-feira, 14 de março de 2025

A Luta pelo Poder e sua Necessidade Estratégica

Atualmente, o conflito moderno caracteriza-se por um sistema articulado de ações políticas, econômicas, psicológicas e militares, que visa desestabilizar a ordem vigente, promovendo a derrubada da autoridade estabelecida e sua substituição por outro regime

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

QUEBRA DA ESTABILIDADE ESTRATÉGICA NA AMÉRICA DO SUL.

QUEBRA DA ESTABILIDADE ESTRATÉGICA NA AMÉRICA DO SUL.

Pinto Silva Carlos Alberto[1]

 

1.  BRASIL – UM ATOR EM BUSCA DE UM PAPEL.

O Brasil é um ator regional que na política e na economia já atingiu uma influência global.

A principal preocupação estratégica do Brasil é, inexoravelmente, relacionada à economia. A capacidade interna do país de conseguir realizar as mudanças estruturais necessárias e o crescimento econômico permitirão o aumento de dois dos padrões de Poder, o Econômico e o Militar (esse havendo vontade política).

O Brasil tem buscado desempenhar um papel presente como mediador em questões internacionais, apesar de ter alcançado sucesso limitado. Seu objetivo é fortalecer laços com diversas regiões do mundo e servir como voz para os países em desenvolvimento.

O país busca fortalecer laços com nações da América Latina, África, Ásia e Oriente Médio, além de mediar conflitos, como nas negociações recentes entre Rússia e Ucrânia, e Israel e o Hamas. No entanto, parece que o papel do Brasil como mediador tem sido ignorado pelo mundo ocidental, que tem reagido com medidas diversas, contrárias aos nossos interesses, no tabuleiro da disputa internacional

"Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta"[2].  A espada, além de estar à mão, deve estar afiada e luzida; afiada para lanhar, luzida para cintilar como um raio e ser vista de longe.

As estratégias militares[3] de curto e longo prazo podem ser regionais ou globais e podem requerer aperfeiçoamento da capacidade militar e uma nova estrutura para a força. Os objetivos militares, o conceito estratégico militar, e os recursos militares[4] são importantes ferramentas para chegarmos à estrutura da força no emprego de curto prazo e de longo prazo.

2.  CONFLITOS NA ÁREA ESTRATÉGICA DE INTERESSE.

Possíveis conflitos entre os países da América Latina podem estar controlados e adormecidos, mas isso não significa que tenha desaparecido a relação de conflitualidade. A hostilidade não se manifesta apenas pela violência física do emprego do meio militar, ela continua a existir por problemas econômicos, diplomáticos, psicológicos, ideológicos, populistas, pela debilidade dos Estados, e, por rompantes nacionalistas e de valores étnico-culturais.

3.  PODER MILITAR.

No Brasil, na atual conjuntura, os objetivos militares e os conceitos estratégicos estão bastante adiante das realidades em recursos militares, o que nos leva a podermos ter que nos defrontar com um desencontro de estratégia e possibilidades operacionais, ou seja, capacidades militares inadequadas para implementar os conceitos estratégicos e para atingir os objetivos previstos pela política para a estratégia militar.

A existência de um Poder Militar capaz de se opor com rapidez e sucesso a uma agressão, ou induzir o inimigo à percepção de custo demasiadamente elevado para o que ele pretende obter, constitui dissuasão eficaz, particularmente quando os Objetivos Políticos envolvidos são limitados, o que nos leva aos seguintes conceitos:

- Estabilidade Estratégica: equilíbrio alcançado entre nações enquanto cada lado evite realizar gastos em armamentos tais que possam causar apreensão no lado oposto e uma consequente e preventiva ação armada.

- Estabilidade de Crise: conhecimento pelas nações que nenhuma delas pode tirar vantagem substancial sobre outra numa ação armada limitada.

4.  POSSÍVEL QUEBRA DA ESTABILIDADE ESTRATÉGICA PELA VENEZUELA

   4.1 Envolvimento com o Irã.

A colaboração entre o Irã e a Venezuela levanta questões sobre possíveis atividades hostis na região, considerando especialmente a capacidade ofensiva dos drones[5] em poder da Venezuela.

A presença de barcos com mísseis da classe Zolfaghar[6] da Venezuela próximo ao Golfo de Paria em 25 de fevereiro de 2024 é um fato relevante e que merece atenção.

4.2 Envolvimento com a Rússia.

Há informações que sugerem a presença de tropas russas na Venezuela, e há relatos de que a Rússia possua bases militares no país.

A Venezuela opera 21 aviões Sukhoi Su-30 de fabricação russa e possui três baterias de mísseis antiaéreos de longo alcance S-300VM, considerado um dos melhores sistemas de defesa aeroespacial da região por especialistas europeus.

4.3. Envolvimento com a China.

A atuação da China na Venezuela é um tema complexo que envolve relações diplomáticas, acordos comerciais e investimentos. No entanto, esses investimentos podem aumentar a dívida do país para com a China, tornando-a potencialmente impagável no futuro (Geoeconomia).

5.  CONCLUSÃO.

Resta constatar, diante das percepções apresentadas, mesmo que de forma resumida:

- Vivemos uma quebra da "Estabilidade Estratégica" na América do Sul, o que nos leva a uma possível corrida armamentista.

- O apoio militar da Rússia e Irã, e o econômico da China a Venezuela, bem como, as ameaças a vizinhos, estão causando apreensão aos demais países.

- O descompasso do Poder Militar do Brasil com sua Estatura Política e Estratégica, gravame imposto à nação, não pode pagar o "tributo do tempo".

- A existência de um Poder Militar capaz de se opor com rapidez e sucesso a uma agressão constitui dissuasão eficaz, particularmente quando os objetivos são limitados. Isso nos leva ao comprometimento com o conceito de "Estabilidade de Crise".

- Quando a necessidade de emprego surge não há tempo para improvisações nem oportunidade para arrependimentos tardios.

- No Brasil real, sem os recursos militares (orçamentos, efetivos, material de emprego militar moderno, logística, e etc.) necessários para que suas Forças Armadas possam cumprir sua missão constitucional, não existe Estratégia Nacional de Defesa.

A estratégia mais eficiente e perversa para destruir um Exército é mandá-lo para uma guerra que não possa vencer, em que a derrota é utilizada para desacreditá-lo e torná-lo desprezado pela Nação.

 


Matérias publicadas pelo Gen Pinto Silva relacionadas à "Quebra Da Estabilidade Estratégica Na América Do Sul".

- Gen Ex Pinto Silva – Estamos Ignorando a História

 

- Gen Ex Pinto Silva – Manter uma Força Armada, Transformada e Preparada

 

- Gen Pinto Silva – Reação à Crise do ESSEQUIBO

- Gen Pinto Silva – Estratégia Indireta na Crise com a Venezuela

- Gen Pinto Silva – A Guerra de Nova Geração Chegando a América do Sul



[1] Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército Veterano / ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Ex-comandante do 2º BIS e da 17ª Bda Inf Sl, Chefe do EM do CMA, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.

[2] Clássico Budista-Traduzido por Thomas Cleary

[3]Estratégia Militar - Objetivos Militares (Fins) + Conceitos Estratégicos (Caminhos) + Recursos Militares (Meios).

[4]Para a Estratégia Militar: os objetivos militares são fixados pela Política; um conceito estratégico pode ser definido como a linha de ação militar resultante do estudo de situação estratégico, podendo combinar um largo espectro de linhas de ação; e recursos militares referem-se a efetivos, material de emprego militar, recursos orçamentários, logística, e outros, e determinam as possibilidades do cumprimento da missão. Esta ideia é aplicável aos quatro níveis da guerra, político, militar, operacional e tático.

[5] Detém drones com capacidade ofensiva; parceria com o Irã começou por volta de 2006 e deslanchou em 2011.

[6] É uma classe de embarcações de patrulha rápida operadas, no Irã, pela Marinha do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

sábado, 16 de novembro de 2024

DEFESA ENTRA NA MIRA DO CORTE DE GASTOS.

 Vamos, então, passar a questionar?

- Vivemos uma situação de crise na América Latina? O agravamento da situação conjuntural, no período de paz (Competição entre nações) pode acenar para possibilidade de conflito, o qual não possa ser resolvido pelo emprego da estratégia indireta, evoluindo para o emprego judicioso de meios militares como resultado de uma situação que não foi possível administrar.

- O Poder Nacional está pronto e preparado para uma evolução tão grave da situação na atual conjuntura?

- O Poder Nacional em uníssono está capacitado a escolher a combinação certa de instrumentos diplomáticos, econômicos, militares, políticos, jurídicos, culturais e militares na situação de crise vivida na atual conjuntura da América Latina? 

- Quais os prazos visualizados pelo poder político nacional para alcançar os patamares desejados?

 



[1] https://www.cnnbrasil.com.br/economia/defesa-entra-na-mira-do-corte-de-gastos-e-surpreende-militares/ 

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

F-39 E Gripen contrapõe as forças aliadas na Cruzex 2024

DefesaNet - 08/11/2024.
Uma das principais características da Cruzex é seu dinamismo. As aeronaves de combate dos países participantes assumem tanto o papel de Força Aliada quanto de Força Oponente ao longo deste exercício de alta complexidade.